Guia SEGCI - Portal de Segurança Contra Incêndio

A segurança contra incêndio exige precisão técnica, e o dimensionamento correto de sistemas de chuveiros automáticos (sprinklers) é fundamental para a proteção da vida e do patrimônio. Com o objetivo de elevar o padrão de conformidade e qualificação profissional, a Academia de Segurança Contra Incêndio (ASCI) e a Associação Brasileira de Sprinklers (ABSpk) uniram-se em parceria para oferecer um curso focado 100% na interpretação e aplicação da NBR 10897.

O curso é ministrado pelo Engenheiro Daniel Miranda (Feuertec | ABSpk), um especialista com 22 anos de experiência em instalação, projetos e consultoria de Proteção Contra Incêndio (PCI). Daniel Miranda foi reconhecido com menção honrosa no 5º Prêmio Instituto Sprinkler Brasil (2018) por seus estudos aplicados na área.

Para Quem é Este Treinamento?

O treinamento é essencial para profissionais que atuam em todas as fases de um projeto de sprinklers, desde o estudo de viabilidade até o comissionamento.

O público-alvo inclui:

  • Engenheiros e Arquitetos que precisam aplicar a NBR 10897 corretamente no dia a dia.
  • Projetistas e Consultores especializados em sistemas de proteção por chuveiros automáticos.
  • Responsáveis Técnicos e gestores de facilities.

Ao focar no entendimento da norma, o curso visa reduzir o retrabalho e as reprovações de projetos, acelerando aprovações e melhorando a qualidade técnica. Além disso, fornece uma base sólida para abordar riscos de armazenagem (com ponte à NBR 16981) e o dimensionamento de casas de bombas (com interfaces à NBR 16704).

Conteúdo Programático e Foco na Aplicação Prática

A metodologia do curso vai além da simples leitura da norma. O foco é ensinar o motivo por trás das exigências normativas, utilizando estudos de caso e interpretação com aplicações práticas.

O conteúdo programático aborda a norma em sua totalidade:

  1. Escopo, Termos e Definições: Como a norma organiza conceitos e onde os erros de interpretação ocorrem.
  2. Classificação das Ocupações: Entendimento dos riscos (leve, ordinário I/II, extraordinário I/II) e seus impactos no dimensionamento e na área de operação. A classificação correta do compartimento é o primeiro e mais importante passo, pois um erro inicial compromete todo o sistema.
  3. Tipos de Sistema: Tubo molhado, seco, pré-ação e dilúvio, com leitura correta das condições de uso e intertravamentos.
  4. Seleção de Sprinklers: fator K, temperatura de atuação, cobertura (padrão/estendida) e tipos (ESFR/CMSA/CMDA), incluindo a leitura precisa de tabelas e notas.
  5. Arranjo e Espaçamentos: Posicionamento, distâncias e o ponto crítico das obstruções a elementos construtivos.
  6. Cálculo Hidráulico: Requisitos, definição de área de operação, densidade de aplicação e perdas de pressão (base Hazen–Williams).
  7. Abastecimento de Água: Reserva, Válvula de Governo e Alarme (VGA) e integração com bomba de incêndio, fazendo interface com a NBR 16704.
  8. Comissionamento e Documentação Técnica: O que a NBR exige para ensaios, operação e evidências de conformidade para aprovação.

Esclarecendo as Dúvidas Técnicas do Mercado

O conteúdo do curso é complementado pela experiência e pelo debate de alta qualidade gerado nas comunidades do Guia SEGCI. Abaixo, consolidamos as principais dúvidas debatidas pelos especialistas em lives anteriores.

Dúvidas sobre NBR 10897 e Sprinklers

1. Por que o primeiro bico é tão importante? O sistema de sprinklers é projetado para controlar o incêndio logo em sua fase inicial (crescimento linear). Quem controla ou faz a supressão do incêndio é o primeiro bico que opera. Se ele estiver obstruído, o incêndio pode se propagar de forma que os demais bicos não consigam controlar, levando o sistema ao colapso.

2. Qual a distância máxima do defletor ao teto? A regra geral é que o defletor do bico deve estar no máximo a 30 cm do teto. Isso garante que os gases quentes se acumulem rapidamente, acionando o bico no tempo correto de resposta.

3. Quando essa distância pode ser maior que 30 cm? Se houver elementos estruturais (como vigas) a menos de 2,30 m entre si, que funcionam como uma “piscina invertida” para o calor, a norma pode permitir que o defletor desça até 15 cm da face inferior da viga, mas no máximo 56 cm do teto. Isso permite o acúmulo de gases quentes na região, garantindo o acionamento.

4. A distância mínima entre bicos é importante? Sim. Se os bicos estiverem muito próximos, a descarga de água de um que entrar em ação pode resfriar o bulbo do bico vizinho, impedindo seu funcionamento. Esse fenômeno (conhecido como skip) faz com que o sistema pule bicos e fuja da área de operação projetada, levando ao colapso.

5. O que são as obstruções e como resolvo? Obstruções são qualquer elemento que interfira na descarga de água (formato guarda-chuva) ou no acúmulo de calor junto ao bulbo. Elas podem ser contínuas ou descontínuas e incluem vigas, pilares, dutos, luminárias, divisórias e, em situações de falta de cultura de segurança, até objetos decorativos pendurados, como canoas. O projetista deve analisar cada bico, verificando distâncias e, em casos de vigas próximas ao teto, afastar o bico lateralmente para liberar a cobertura de água.

6. O que mudou na NBR 10897:2020? As principais alterações foram:

  • A remoção do conteúdo referente à casa de bombas, que foi transferido para a norma específica NBR 16704.
  • A inclusão de critérios para Fator K mínimo, especialmente em tetos com altura superior a 6,10 metros. Em alturas elevadas, é necessário um Fator K maior para compensar o tempo de resposta mais lento do sistema devido à distância dos gases quentes.

7. O que é a Curva Densidade/Área e suas tendências? A curva densidade/área (usada na tecnologia Modo Controle Densidade/Área – CMDA) define a relação entre a densidade mínima de água aplicada (vazão por m²) e a área de operação. Projetistas frequentemente utilizam o ponto mais baixo da curva (ex: 140 m² para Risco Ordinário II) porque resulta nas menores vazões totais e, consequentemente, em um reservatório mais racional e econômico. A NFPA 13 (2022) já eliminou essas curvas, trabalhando apenas com pontos de mínimo e máximo, o que pode ser uma tendência para futuras revisões da NBR 10897.

Dúvidas sobre Casas de Bombas e Sistemas em Conjunto (Interfaces com NBR 16704)

1. O termo “Bomba Padrão NFPA” é correto? Não. A NFPA (National Fire Protection Association) é um ecossistema de normas e não um órgão certificador. Os equipamentos devem ser listados (por laboratórios como UL ou FM Approvals) e aprovados (pela Autoridade com Jurisdição, como o Corpo de Bombeiros ou seguradora) para a aplicação específica, garantindo que o conjunto (bomba, motor e painel) seja confiável.

2. Posso utilizar válvulas borboleta ou esfera na sucção da bomba? Não. A norma exige válvula gaveta de haste ascendente na sucção. A colocação de acessórios que geram perda de carga, como válvulas esfera ou borboleta, na sucção da bomba centrífuga, prejudica o fluxo e pode levar à cavitação e vibrações, diminuindo a vida útil do equipamento.

3. Como é o desligamento das bombas? O desligamento das bombas de combate (principal ou reserva) deve ser exclusivamente manual, por botão na parte externa do painel. Já a bomba Jockey (que mantém a pressão na linha) deve ligar e desligar automaticamente.

4. Como calcular o abastecimento (RTI) para sistemas conjugados (Sprinkler + Hidrante)? Não basta somar as vazões. É necessário calcular o equilíbrio hidráulico entre os sistemas, adotando a pressão do pior caso (geralmente a do hidrante) e recalculando a vazão total do sistema de sprinklers com essa pressão mais alta. O software de cálculo (como o SHC, que é ensinado na Academia) facilita esse balanceamento.

5. É obrigatório ter um medidor de vazão (flow meter)? Obrigatório é ter meios que permitam ensaiar a bomba de 0% até 150% da sua vazão nominal. Embora o teste possa ser feito na rede de hidrantes, o flow meter (preferencialmente com retorno ao reservatório) é o meio mais prático para realizar esse ensaio, garantindo que a bomba cumpra sua curva de desempenho.

6. Quando a motobomba diesel precisa de válvula de alívio principal (safety valve)? A válvula de alívio principal (que protege a bomba) é obrigatória apenas em motobombas de velocidade variável (como a diesel) quando a pressão de shutoff (vazão zero) excede a capacidade suportada pelos demais componentes da casa de bombas. Em bombas elétricas, que têm velocidade constante, essa válvula geralmente não é necessária. Todas as bombas (exceto algumas diesel com arrefecimento específico) exigem, contudo, a válvula de alívio de recirculação para resfriar a voluta.


Conclusão: Segurança Técnica Certificada

Dominar a NBR 10897 é um diferencial competitivo no mercado. Com a autoridade técnica da ABSpk (Associação Brasileira de Sprinklers) e a excelência educacional da ASCI (Academia de Segurança Contra Incêndio), o curso oferece o conhecimento aprofundado necessário para tomar decisões seguras em projetos, instalações e manutenção.

Vantagem Exclusiva: Interação ao Vivo e Desconto Premium

Esta é a sua oportunidade de participar da turma premium que será gravada ao vivo (limitada a 10 alunos) e ter o privilégio de tirar dúvidas diretamente com o Eng. Daniel Miranda.

 
Instrutor: O Eng. Daniel Miranda (Feuertec | ABSPK), especialista com 22 anos de experiência e autor técnico reconhecido.

Desconto Exclusivo:

Apenas os 10 primeiros inscritos na turma ao vivo garantem o curso por R$ 997, um desconto de R$ 200 sobre o valor final.

Garanta sua vaga e transforme sua atuação em sistemas de sprinklers. Inscreva-se agora!

Venha participar da maior comunidade de segurança contra incêndio do Brasil.