Entender como um sprinkler funciona é o primeiro passo para compreender a real importância desse dispositivo. Afinal, em se tratando de prevenção contra incêndios, todo cuidado e todo conhecimento sobre a tecnologia são importantes.
Por isso, neste conteúdo nós descrevemos o funcionamento de um sprinkler, além de apresentar um vídeo didático da ABSpk para você. Confira!
Veja também: Como instalar um sprinkler? Passo a passo!
Sumário
ToggleComo um sprinkler funciona?

O funcionamento de um sprinkler é, até certo ponto, bem simples. Porém, a engenharia desenvolvida para que ele funcione adequadamente é bastante alta. Isso torna esse equipamento indispensável na proteção de patrimônios e pessoas.
Dito isso, vamos entender, de uma vez por todas, como um sprinkler funciona:
1. Características e modos de instalação
Antes de qualquer coisa, é muito importante que você compreenda as características do sprinkler e como ele é instalado. Basicamente, podemos dizer que o sprinkler conta com três partes importantes:
• Elemento Termossensível;
• Obturador;
• Defletor.
O Elemento Termossensível normalmente tem o formato de uma ampola e conta com um líquido no seu interior.
Esse líquido se dilata quando a temperatura se eleva liberando as partes móveis do sprinkler e permitindo a passagem de água.
O defletor, por sua vez, é responsável por formar o padrão de descarga do sprinkler quando ele é acionado, conhecido como ”padrão guarda-chuva” para os sprinklers do tipo spray.
Já o obturador é o elemento que impede que a água escape sem necessidade, mantido pressionado sobre o orifício de saída de água do sprinkler pelo elemento termossensível e o corpo do sprinkler.
Quanto à instalação, o sprinkler é instalado na posição pendente, para cima (ou em pé), ou mesmo na posição lateral, normalmente em uma tubulação com água pressurizada. Assim, quando o obturador se rompe, a água será aplicada no ambiente.
2. Elemento termossensível
Como dito acima, o Sprinkler usualmente conta com uma ampola. Esta ampola, por sua vez, conta com um líquido termossensível em seu interior.
Mas o que isso significa na prática? Significa que a ampola sofrerá alterações à medida que o calor excitar o Elemento Termossensível.
3. Ao iniciar um incêndio, o Elemento Termossensível é ativado pela temperatura
Como vimos acima, à medida que o incêndio se inicia, o elemento termossensível é aquecido em decorrência das plumas de gases aquecidos. Este aquecimento gera a expansão/dilatação do líquido no interior da ampola fazendo-a se romper.
4. O rompimento permite que o obturador seja ejetado pela água
Os sprinklers normalmente possuem três ou mais partes móveis. Dentre elas podemos citar o obturador, a ampola e o elemento vedante, por exemplo.
A ampola, além de ter a função de ser o elemento termossensível, é responsável por segurar o obturador de forma que ele vede a passagem de água.
Quando há o rompimento da ampola, a pressão da água dentro da tubulação ejeta o obturador. Quando isso acontece, a água começa a fluir através do orifício do sprinkler, na direção do defletor/difusor e o processo de combate ao incêndio começa a entrar em ação.
5. A água bate no difusor formando o padrão de descarga guarda-chuva
No momento em que a água flui através do orifício do sprinkler ela ainda não tem padrão de descarga definido, ou seja, o padrão lembraria o formato do jato cônico.
Contudo, assim que a água se choca com o difusor, o design das aletas do difusor é responsável pela construção do padrão de descarga do sprinkler, formando uma espécie de “guarda-chuva” para os sprinklers do tipo spray.
É o difusor, portanto, que fica responsável por espalhar a água uniformemente na área protegida pelo sprinkler, garantindo que a densidade de aplicação da água seja atendida.
6. A água controla o incêndio
A partir disso, o piso, ou o nível de referência, recebem um determinado volume de agente extintor, em formato de lâmina de água, responsável por controlar o crescimento do incêndio.
A atuação do sistema de sprinkler no tempo adequado é importantíssimo para que ele controle o incêndio evitando a combustão generalizada e a formação de gases tóxicos e asfixiantes, mantendo o nível do oxigênio no ar adequado assim como a temperatura do ambiente para garantir um tempo adequado para o abandono da edificação e facilitar o combate por parte da brigada ou do corpo de bombeiros. A depender da fluidodinâmica do incêndio, sprinklers adjacentes podem ser ativados para ajudar a controlar o incêndio.
Pontos importantes sobre como um sprinkler funciona
Agora que já apresentamos como um sprinkler do tipo spray funciona, veja outros detalhes importantes que você deve ter em mente com relação a esse tipo de equipamento de segurança:
• O sprinkler “usado” deve ser substituído: A partir do momento em que um sprinkler entra em ação, ele não pode mais ser instalado e utilizado. Isso significa que você precisará instalar um sprinkler novo no lugar, para que o sistema seja restaurado. Por este motivo é tão importante possuir sprinklers de reposição.
• O sprinkler é ativado por temperatura, não por fumaça: Vale ressaltar que o sprinkler é acionado pela temperatura e não pela mera existência de fumaça ou gases nocivos no ambiente. Essa diferença é muito importante, afinal, a depender de qual material está em combustão, a produção de fumaça ou de gases tóxicos e asfixiantes podem oferecer um risco às pessoas antes de existir uma quantidade de calor suficiente para ativação do sprinkler.
• Só será ativado o sprinkler no qual a temperatura elevar: Outro ponto muito importante, mas que nem todo mundo conhece, é que quando um sprinkler entra em ação, não necessariamente os que estão perto também entrarão. Isto é, apenas os sprinklers que tiverem contato com níveis determinados de temperatura é que irão ser acionados. Esse mecanismo pode garantir uma redução de custos com manutenção, além de impedir que o escoamento da água danifique equipamentos, móveis e outros materiais que não estavam em chamas. Assim sendo, o sprinkler age de uma forma otimizada e inteligente, focando os seus esforços no que realmente importa.
• Um alarme de ativação do sistema é outro benefício do sprinkler: Quando o escoamento de água começa a acontecer na tubulação, um alarme deve ser emitido pela central de alarme da edificação ou, eventualmente, através do gongo hidráulico do sistema. Este alarme permite que a brigada de emergência da edificação tenha a percepção de que um sinistro está em desenvolvimento de modo que tenham uma atuação eficiente e eficaz seguindo o plano de ação de emergência, que pode ou não desencadear na necessidade de ajuda externa, usualmente por parte do Corpo de Bombeiros local.
Viu só como um sprinkler funciona e o quanto ele realmente é importante para um processo de prevenção de incêndio?
Afinal, trata-se de um equipamento tecnológico e com uma engenharia bastante interessante, que oferece proteção e eficiência.
Vídeo de como um sprinkler funciona
Até aqui você já teve acesso a algumas informações sobre como um sprinkler funciona. Porém, se ainda tiver alguma dúvida e quiser saber um pouco mais, veja o vídeo completo da ABSpk:
Nesse vídeo você pôde ter acesso a todos os detalhes, de forma ilustrada. Esperamos que todas as suas dúvidas tenham sido esclarecidas.
Porém, caso ainda tenha algum questionamento e queira saber mais sobre o funcionamento do sprinkler, entre em contato com a gente ou deixe o seu comentário abaixo.
Outro ponto importante é: faça parte dessa comunidade focada na prevenção contra incêndios e compartilhe este conteúdo para que mais pessoas possam entender o funcionamento dessa tecnologia.
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Legislações relacionadas a sistemas de chuveiros automáticos (sprinklers) disponíveis no Guia SEGCI
➡️ Decreto Estadual nº 63.911/2018 – Regulamento de Segurança contra incêndio das edificações.
Estabelece em quais edificações é obrigatória a instalação de sistema de chuveiros automáticos.
➡️ Instrução Técnica nº 01/2019 – Procedimentos Administrativos.
Estabelece a forma de apresentação de Projetos Técnicos com sistema de chuveiros automáticos.
➡️ Instrução Técnica nº 02/2019 – Conceitos básicos de segurança contra incêndio.
➡️ Instrução Técnica nº 03/2019 – Terminologia de segurança contra incêndio.
➡️ Instrução Técnica nº 04/2019 – Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio.
➡️ Instrução Técnica nº 23/2019 – Sistema de chuveiros automáticos.
➡️ Instrução Técnica nº 24/2019 – Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito.
➡️ Instrução Técnica nº 25/2019 – Líquidos combustíveis e inflamáveis.
➡️ Instrução Técnica nº 43/2019 – Adaptação às normas de segurança contra incêndio – edificações existentes.
➡️ Portaria nº CCB-002/810/19 – Dispõe sobre as Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo a que alude o Decreto Estadual nº 63.911, de 10 de dezembro de 2018.
➡️ Portaria nº CCB-021/800/20 – Dispõe sobre as correções das Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo publicadas em 09 de abril de 2019, anexas à Portaria nº CCB-002/810/19.
➡️ Parecer Técnico nº CCB-001/800/19 – Utilização de chuveiro automático com fator K 28 para depósitos com armazenamento de até 15,00 m de altura.
➡️ Parecer Técnico nº CCB-006/800/20 – Utilização de chuveiro automático com fator k 22,4 para depósitos.
➡️ Parecer Técnico nº CCB-007/800/20 – Conexões e tubulação para chuveiros automáticos (sprinklers) com fixação tipo “crimpagem”.
➡️ ABNT NBR 16981:2021 – Proteção contra Incêndio em áreas de armazenamento em geral, por meio de sistemas de chuveiros automáticos.